segunda-feira, 30 de maio de 2016

Inclusão de portadores de síndrome de down no ensino fundamental




A entrada no ensino fundamental marca a vida de todas as pessoas, começamos a encarar novos desafios, mais aprendizado, convivência com alunos mais velhos no intervalo.
Essa transição pode ser difícil para vários alunos, independentemente se são portadores ou não.  Esse período deve ser bem elaborado para que a trajetória escolar seja o mais tranquila possível.

Beneficio para todos


Muitas pessoas acham que a inclusão da criança com necessidades especiais beneficia somente ela mesma, porém todos os alunos são beneficiados. De acordo com uma pesquisa realizada no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) concluiu que as crianças que estudaram com amigos com deficiências desenvolveram atitudes positivas relacionadas a tolerância e respeito aos outros.
Para a criança com síndrome de down é importante pois seus colegas servem como exemplo de comportamento e conquistas, contribuindo para o desenvolvimento social e emocional.
Eles apresentam períodos de concentração menores que seus colegas, e normalmente tem dificuldades de realizar mais de uma atividade simultaneamente cabe ao educador desenvolver determinadas estratégias que ajudem a aumentar seu tempo de atenção e ampliar suas capacidades.

Tenho um aluno com síndrome de down, e agora? 
 

É muito importante manter uma rotina em sala de aula e principalmente a utilização de recursos visuais como fotografias e objetos de referencia, assim elas podem entender melhor seu ambiente e aprender como se comportar em certas situações.
Cada colégio tem uma maneira de apoiar a criança para estimulá-la, podemos citar a presença de um professor auxiliar ou estagiária para acompanhamento em sala de aula, aulas de reforço e/ou atendimento especializado, atividades adaptadas, entre outros.
Recursos tecnológicos também são ótimos para auxiliar na aprendizado principalmente no período de alfabetização, com jogos e diferentes atividades que despertem o interesse na criança.

Beijos, Isabella

terça-feira, 24 de maio de 2016

Síndrome de Down

Oi pessoal!






Durante essa semana vamos conversar sobre síndrome de down pensando na questão da educação e alfabetização de seus portadores. Para começar, vamos entender o que é essa síndrome.


A Síndrome de down é uma alteração genética caracterizada pela presença de um terceiro cromossomo 21, ou seja, ao invés de dois cromossomos no par 21, eles possuem três, totalizando 47 cromossomos e não 46. Observe:
É uma deficiência que se caracteriza pelo funcionamento intelectual abaixo da média. A pessoa portadora de síndrome de down apresenta redução do tônus muscular, dificuldade para se comunicar, déficit cognitivo e é muito comum problemas na coluna, tireoide, nos olhos, no aparelho digestivo, e algumas anomalias cardíacas que podem ser solucionadas com cirurgias.
A trissomia 21 é um acidente genético que acontece no momento da concepção na maioria dos casos. A probabilidade de gestar um bebe com alterações cromossômicas aumenta com o avanço da idade materna.Veja:
Uma grávida de 30 anos tem 1 em 1.000 chance de ter um bebê com síndrome de Down.
Aos 35 anos, as chances são de 1 em 400.
Aos 40, 1 em 100
Aos 45 as chances são de 1 em 30.
No entanto, mulheres com menos de 35 anos também podem gestar uma criança com síndrome de Down.

Veja as características físicas dos portadores de SD:
Na próxima postagem falaremos sobre como lidar com portadores de síndrome de down em sala de aula!
Beijo, Isabella

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Ser pedagogo...


Ser Pedagogo não é apenas ser Professora, Mestre, Tia, Coordenadora, Supervisora, Orientadora, Dona de escola. 
É mais do que isso
É ser Responsável.
Ser Pedagogo é ter coragem de enfrentar uma sociedade deturpada, equivocada sem valores morais nem princípios.
Ser Pedagogo é ser valente, pois sabemos das dificuldades que temos em nossa profissão em nosso dia a dia.
Ser Pedagogo é saber conhecer seu caminho, sua meta, e saber atingir seus objetivos.
Ser Pedagogo é saber lidar com o diferente, sem preconceitos, sem distinção de cor, raça, sexo ou religião.
Ser Pedagogo é ter uma responsabilidade muito grande nas mãos.
Talvez até mesmo o futuro...
Nas mãos de um Pedagogo concentra-se o futuro de muitos médicos, dentistas, farmacêuticos, engenheiros, advogados, jornalistas, publicitários ou qualquer outra profissão...
Ser Pedagogo é ser responsável pela vida, pelo caminho de cada um destes profissionais que hoje na faculdade e na sociedade nem se quer lembram que um dia passaram pelas mãos de um Pedagogo.
Ser Pedagogo é ser mais que profissional, é ser alguém que acredita na sociedade, no mundo, na vida.
Ser Pedagogo não é fácil, requer dedicação, confiança e perseverança.
Hoje em dia ser Pedagogo em uma sociedade tão competitiva e consumista não torna-se uma profissão muito atraente, e realmente não é.
Pois os valores, as crenças, os princípios, os desejos estão aquém do intelecto humano.
Hoje a sociedade globalizada está muito voltada para a vida materialista.
As pessoas perderam- se no caminho da dignidade e optaram pelo atalho da competitividade, 
é triste pensar assim, muito triste
pois este é o mundo dos nossos filhos
crianças que irão crescer e tornar- se adultos.
Adultos em um mundo muito poluído de ideias e sentimentos sem razão.
Adultos que não sabem o que realmente são
Alienados, com interesses voltados apenas pelo Ter e não pelo Ser.
Ser Pedagogo é ter a missão de mudar não uma Educação retorcida, mas ser capaz de transformar a sociedade que ainda está por vir.
Pode ser ideologia pensar assim, mas como Pedagogos temos a capacidade de plantar hoje nesta sociedade tão carente de valores, sementes que um dia irão florescer.
E quem sabe essa mesma sociedade que hoje é tão infértil possa colher os frutos que só a Pedagogia pode dar.

Ser Pedagogo por Vanessa B. de Carvalho, 2007
 
20 de maio de 2016- Feliz dia do Pedagogo

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Tipos de inclusão



Olhe ao seu redor e as pessoas que você conhece. Existe alguém que seja parecido com você fisicamente, goste das mesmas coisas e tenha a mesma opinião ? Não né, então isso já quebra aquele tabu de que somos todos iguais, pois não somos.
Quando respeitamos essas diferenças e aceitamos as pessoas independente de como elas são, estamos incluindo alguém.
No mundo existem várias culturas, se pensarmos apenas no Brasil, ou até na nossa cidade, encontramos uma diversidade de pessoas muito grande. Quando estamos convivendo com pessoas de diferentes culturas, raças e religiões e aceitamos e respeitamos suas atitudes, estamos praticando a inclusão étnica.
Todos nos temos potenciais que se forem explorados podem trazer vários benefícios. Se percebermos isso e estimularmos o desenvolvimento das pessoas em geral sem discriminar alguém por causa de sua classe social estamos praticando um tipo de inclusão que aglomera muita coisa, a inclusão social.
A inclusão que é a mais difícil de ser colocada em pratica mas que precisa e deve ser discutida principalmente no ambiente escolar é a inclusão dos deficientes. Comparando o passado com o presente, vemos que a questão do tratamento de pessoas com qualquer deficiência ou necessidade especial já obteve um grande progresso, porém ainda se tem muito a fazer.
A escola é um lugar que deve ser exemplo da pratica da inclusão, pois é lá o primeiro contato que as crianças têm com os mais diversos tipos de pessoas e cabe ao professor mediar isso e servir de exemplo de respeito a todos os alunos sabendo diferenciar as capacidades e encontrando formas de passar  conhecimento e avaliar o rendimento de cada um dentro do suas possibilidades

Você sabia?

O Brasil aderiu a tratados internacionais que tratam da inclusão de deficientes e atualmente há ampla legislação a esse respeito em nosso país.

Beijos, Isabella

terça-feira, 17 de maio de 2016

Crianças "ESPECIAIS"

Oi pessoal, espero que vocês estejam gostando do blog.

Hoje quero falar com vocês sobre algo que me incomoda muito, esse rótulo que muitas pessoas, as vezes até os pais, colocam em pessoas com alguma necessidade especial, as "crianças especiais".

De acordo com o dicionário Michaelis a definição da palavra especial é:

es.pe.ci.al
adj m+f (lat speciale) 1 Relativo a uma espécie. 2 Peculiar de uma coisa ou pessoa; exclusivo. 3 Que se aplica exclusivamente a uma coisa ou uma categoria particular de coisas. 4 Fora do comum; excelente, notável. 5 Superior. 6 Distinto. 

Ai eu coloco aqui uma questão, você não considera seu filho, seus alunos e outras crianças, uma pessoa especial?Eu sou especial, e você?

Eu acredito que existem NECESSIDADES ESPECIAIS, e todos nós temos alguma que deve precisar de algum auxílio. Por exemplo


Uma criança que usa óculos, normalmente é aquela que a professora deixa sentado na primeira fileira não é?


Então a dificuldade de visão dessa pessoa é uma necessidade especial.














Portanto, vamos parar de rotular o próximo e enxergar o quanto isso acaba excluindo a pessoa por ser tratada de maneira diferente e ver que todos somos especiais!!


Beijos, Isabella

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Para começo de conversa!


Existem algumas coisas que nós temos dúvida quando começamos a ter aquele primeiro contato com uma escola inclusiva né? Eu passei por isso e respondi algumas perguntas para esclarecer algumas coisas. Se vocês tiverem alguma pergunta que não respondi, comentem que terei o prazer de responder.



O que é inclusão?
É a capacidade que temos de entender e conhecer o próximo assim como ele é, ter a oportunidade de compartilhar nossa vida com pessoas diferentes de nós.  Estar junto é estar em meio a uma multidão, incluir é interagir e aceitar o próximo, entendendo que ele também tem  espaço no mundo. A inclusão possibilita a minoria ,que muitas vezes é discriminada, encontre seu lugar na sociedade.

Que benefícios a inclusão traz a alunos e professores?
A escola é um reflexo do mundo que vivemos. A inclusão é um ganho para todos pois existe a necessidade de viver as diferenças, quando as pessoas não passam por isso desde os primeiros anos de vida, muito provavelmente serão pessoas que vão ter muita dificuldade em lidar com isso e vencer preconceitos. 
 

O que faz uma escola ser inclusiva?
Primeiramente deve haver reflexão na hora de elaborar seu projeto pedagógico, pois uma escola inclusiva tem muito mais que rampas e banheiros adaptados. Deve-se estudar se as atividades que são realizadas permitem que todos os alunos, independente de sua condição, aprendam. Os alunos precisam de liberdade para aprender do seu jeito, levando em consideração suas condições.

Como está a inclusão no Brasil hoje?
No Brasil a inclusão caminha devagar, pois diversas escolas não cumprem  a lei que garante desde 1988 o acesso de TODOS na ensino fundamental e que alunos com necessidades especiais devem receber atendimento especializado. Resumindo, estamos num processo de conscientização.

A escola precisa se adaptar para a inclusão?
Não basta apenas fazer adaptações físicas e não adaptar o pedagógico.  A escola deve oferecer atendimento educacional especializado (AEE) ou estimulo de aprendizado(EA) paralelamente às aulas regulares. É ideal que os alunos tenham acompanhamento durante o período de aula, seja com uma professora especializada ou uma auxiliar.
  
Um professor sem capacitação pode ensinar alunos com deficiência? 
Sim. O papel do professor é ser regente de classe, e não especialista em deficiência. Essa responsabilidade é da equipe de atendimento especializado.

Há fiscalização para garantir que as escolas sejam inclusivas?  
O Ministério Público fiscaliza, geralmente com base em denúncias, para garantir o cumprimento da lei. O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial, atualmente não tem como preocupação punir, mas levar as escolas a entender o seu papel e a lei e a agir para colocar tudo isso em prática.
 

 Beijos, Isabella